Poesia

Vasto & Vazio

Em meus olhos á um vazio, um espaço, um vasto deserto....
Uma grande tristeza que por ser tão silenciosa se desfaça em uma calma, aparentemente serena, profunda...
E esses lenços de plumas bailando no ar, o que sera? são esperanças distantes (deve ser), obscuras, reais apenas em sonhos, como os que tive ha tempos... Se fomos nós um sonho, quem poderia ou o qui poderia vir a ser esse pesadelo? Quem por mau, fez de ti um mero devaneio, um mero fruto de uma imaginação desorganizada, perturbada e por muitas até pervertida....
Eu encontrei um pedaço do céu naquele chão, e um pedaço de mim se perdeu naquela absurda escuridão, me encosto em paredes que não posso ver, ando sobre pisos que não posso sentir, mas busco ainda ter os lenços de plumas (belos e brancos) em minhas mãos, e quando lembro, sei que aquilo tudo não passava de uma mera e triste imaginação... eu perdi... eu perco... eu perderei...
Aquele pedaço do Céu deixei no mesmo chão, mas o pedaço de mim procurei naquela assustadora escuridão...

Júnior Franchá Júnior Franchá Autor
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