Poesia

O Cheiro de chuva caindo no asfalto

O Cheiro de chuva caindo no asfalto

Ainda hoje, aos 51 anos de idade, lembro-me do meu primeiro dia de aula na escola Moon High School, em Ohio, nos Estados Unidos.

O dia estava chuvoso, já começava a espirra.

Sentei na primeira cadeira da classe, até que chegou minha vez de se apresentar. Em quanto me apresentava olhava para os colegas.
Olhando para o fundo da sala, vejo um rosto pálido que me chamou atenção.

Fiquei com aquela imagem em minha mente até quando começou a chover muito.
Enfrentei a chuva .

Caminhando pela Avenida Tiago Sousa, e sentindo aquele cheiro de chuva caindo no asfalto e ainda com o rosto pálido a permear minha mente.
Andando, tropecei e cai rolando em direção a avenida, no momento que vinha um carro. Fiquei paralisado, fechei meus olhos, quando de repente senti um forte empurro, o que me levou para fora da avenida. Abri meus olhos, mas só podia ver embasada uma sobra se aproximar.
A partir que ele se aproximava, mas nítido podia vê e reconhecer a sombra.
Era o rapaz de rosto pálido.
Ele leva me para sua casa.
Chegando próximo , reconheço que estávamos chegando a Mansão Sousa, fundador da cidade.

A chuva agravou o resfriado ao ponto que desmaie aos braços do rapaz. Quando acordei já era manhã, olhe para uma janela e lá estava ele, antes que se abrisse a boca ele pede desculpas por não ter se apresentado formalmente.

Oi Junior, sou Gabriel de Sousa, sou Bisneto de fundador da cidade, você está bem ao ponto de andarmos de cavalo pela floresta negra. Mas antes tome este chá e durma mais um pouco. Tomei-o e acabei e adormeci e quando acordei lá estava eu, caído sendo acudido por um camponês. Acabei em um delírio causado pelo resfriado e pelo cheiro da chuva nos asfalto.

Até hoje não sei se foi sonho ou realidade, ainda hoje aos 51 nos de idade, gostaria de saber por onde andas aquele rosto pálido, que não sai de minha imaginação.

Gabriel M Ferreira Gabriel M Ferreira Autor
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