Poesia

Sequência

Infância minha, querida,
Na casa que eu residia
As dúvidas eram sanadas
Com o que minha mãe dizia:
Até os puxões ensinavam
O que ela queria.
l
Um dia, em plena aurora,
Seu coração cedeu:
O dia não veio pra ela
Não amanheceu
Agora no céu ela mora
Pena não ser perto,
Que eu possa vê-la de fora.
l
E, nesta vida severa,
Eu, saudosa pelo que se perdeu:
A infância já vivida.
Tempos de primavera perdido!
Não porque se espera,
Mas pelo que não ofereceu.
l
Outra estrada é servida
E não mostra paciente:
Leva tudo a ferro e fogo,
Pra mim, não houve clemência.
l
Saudade da tia gloria!
A professora da vez...
Dizia sempre por ordem,
Nela apostei meu futuro.
Mas, quando era um fora,
Pergunte, ao português...










Lina Ramos Lina Ramos Autor
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