Poesia

Vejo-me quase morto

Vejo-me quase morto.
Fui derrotado em mais um dia.
Agora o silêncio me agride,
o meu sangue carrega pensamentos estéreis,
que como ácido sulfúrico, chegam em meu peito convalescido.
Os meus olhos pesados,
vacilantes,
cheios de qualquer vazio,
são como nau em oceano esquecida,
que em plena madrugada vagueia pela escuridão da noite
sem ter sequer uma pequena estrela como direção divina.
Fui derrotado pela simples necessidade
de encontrar a angustia...
Grande sina!
Oh Deus dos corações opacos,
onde guardas o perdão para mim guardado?
Mostra-me os férridos caminhos!

Luís Carlos Luís Carlos Autor
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