Poesia

A borboleta que queria ser lagarta

Nasci lagarta, cobiçando ser borboleta.
Só quando bati as asas, pude enfim me deslumbrar com a liberdade.
Senti o vento, mas a brisa foi gelada, me levou na direção contrária.
Quando me aproximei desse mundo para observar, aproveitaram para me roubar uma das asas.
Tentei viver esse momento e percebi que não passava de ilusão.
Queria ser lagarta de novo, ser viva, ser sonhadora.
É melhor viver no platônico, do que morrer na verdade.

Giulia G Lutke Giulia G Lutke Autor
Envie por e-mail
Denuncie