Poesia

Prece

Nos comunicamos mal por um tempo
E, talvez eu te deva desculpas,
Mas não o farei e você conhece o motivo.
Eu tenho algo a confessar
Sobre meu entendimento limitado
Acredito que sempre houve de ti o esforço dobrado,
Para compreender-me, logo ensinar-me sobre paciência e afins
Então, obrigada.
Por que não sou culpa,
Nem desculpa
Eu sempre serei, por inteiro, gratidão.
Talvez minha demasiada vontade de falar demais, rápido demais.
Pensar demais,
Minhas entrelinhas sempre foram exageradas, você sabe.
Enquanto pensei que você não atendia minhas preces
Era somente eu, que não sabia exatamente como as fazer.
Porque, se todos os dias, em nossas conversas,
Te digo que preciso deixar algo bom para as pessoas,
Você me retribui com um punhado de sorrisos nas calçadas cinzas
Nas paisagens coloridas,
Na assimetria
Das histórias que compartilho e escuto
Como espectadora da tua inteligência divina.
Falamos sobre amor, quando o sol se apaga
Quando percebemos que as pessoas por aqui complicam tudo
Quando eu chego a conclusão que o tempo é curto.
Nós falamos de amor quase sempre
Só porque acreditamos demais.
É que, na verdade,
Sempre soube da tua forma onipresente de dizer:
Eu ouço você.
Temos nosso trato, firmamos tempos atrás,
Combinamos que eu entenderia os sinais
E faria poesia deles
E assim o fiz
Para cumprir e te dizer
Que toda prece
Para ser atendida,
Precisa ser recíproca
Amém

Deibe G Petzinger Deibe G Petzinger Autor
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