Poesia

MEU TEMPO DE CRIANÇA

MEU TEMPO DE CRIANÇA

MEU TEMPO DE CRIANÇA.
Quando eu era uma criança vivia num recanto que era um verdadeiro encanto, tinha vastos coqueirais e o mar que eu amava tanto, onde o céu desdobrava um manto azul cor de anil.

Onde o horizonte era tão extenso e refletia um brilho intenso, sobre um arco íris imenso, que nas montanhas se abriu.

A minha casa era um taperão feito de madeira, coberta com palheira, tinha esteio e cumieira, muita ripa e caibraria.

Na frente descia um sonolento rio, que parecia murmurar macio, acompanhando os cantos dos pássaros no quintal.

Era um terreno vasto onde as aves e borboletas voavam e cantavam no pasto que floria na estação primaveril e eu vivia no berço da paz.

Quantas saudades tenho deste meu tempo de menino, eu era tão pequenino e já recitava um hino, com a mão no coração.

Na escola, brincava de bola, gude, figurinha, bandeirola, pipa, rabiola, pega pega e pião.
Ah que tempo de alegria, quando as margens do rio eu corria, me banhando e declamando poesias.

Aos domingos na matinê eu ia, depois sentava na praça com os amiginhos, pra tomar sorvete de jabuticaba, manga, goiaba, cajá e umbú.

Já nasci olhando as colinas, onde das montanhas descia águas cristalinas e se espalhavam pelas campinas, parecendo um manto que do céu despencou.

No alto da serra as nuvens aparecia formando um lastro, que mais parecia um lindo e invejado quadro que a mão de Cristo desenhou.

Neste meu recanto foi onde sentir meu amor primeiro, fazendo da minha alma inspirar um cantar de cigarra, a minha vida uma eterna farra, saindo de dentro do meu coração.
(Jackson Costa)

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