Poesia

A PROCISSÃO

A PROCISSÃO


A noite chegou mais cedo, as lamparinas já reluz sua chama.
As matracas, batem e clama, o povo para a procissão,
As ladainhas, nas ruas escuras, ecoam noite adentro
É hora do perdão!

Os mugidos, dos bois ao longe vão trazendo os restantes
Das manadas, caminhando em filas indianas, elas vão...
Os cascos vão tocando, uma singela batida toc, toc, toc,
Emitindo saudosa percussão.

O velho vaqueiro, alegre e saudoso, vai espantando a solidão.
Acende a formosa fogueira, para afugentar a escuridão.
No peito traz uma só alegria, na alma a imensidão.
No olhar contemplativo e saudoso...
Na palavra uma só afirmação!

Os sinos da igreja repicam ao longe
A novena já vai começar, alegre-se
Triste menina, pois é hora de rezar!



Marcelo Ferreira de Arêa leão
Teresina, 22/03/2007.

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