Poesia

Recondita armonia

Desde que não esteja no antepasso das oitavas notas,
Desde que não perturbeis tuas afins devotas,
A fim de querer angariar a ti tantas cotas
Maltrapilhas de antiquestões e antipropostas

Haverás de contar como traçar no céu tuas rotas.

Em elevação latente, em estalido pueril adjacente
Se poriam a olhar dentro de ti mesmo, como fizeram
E como haveriam os olhos de vangloriar se os vissem?
Como se recondita armonia ouvissem.

Desde que com promessas suplantaste degenerescências absortas
Desde que não vangloriasse o dom de mais um abrir de portas
Ao fim de saber que em si há outras tantas impostas
Maltrapilhas no revés que de sofreguidão exortas

Haverás de produzir primeiro e então trazer dos céus tuas notas.

Em efetivação ciente, em razão de radiação supraciente
Se afogariam em nadar dentro de si mesmos, em como eram.
E como se poriam aos olhos para visualizar quanto ao que insistem?
Como se recondita armonia ouvissem.

Paulo Keno Zhërus Paulo Keno Zhërus Autor
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