Poesia

O PAPEL



O PAPEL
(Progaires Martins)

Será de seda ou crepom ?
Não sei não,
Acho que é de bombom
Ou de embrulhar pão.

Será para escrever ou imprimir?
Não sei mesmo,
Talvez de desenhar e sorrir
Pra ser feliz a esmo.

Será do cinema ou da TV?
De vilão ou de super-herói?
É ilusório o que se vê
Mas a alegria, o papel constrói.

Pode até ser de político ruim,
Será um falso discurso?
Amarrotado na rua assim,
Polui o planeta e o seu percurso.

Poderia ser uma partitura,
Tem música no papel de rua?
É..., talvez uma antiga escritura
Será que ele caiu da lua?

Seja o que for, é um papel.
E se for uma declaração?
O amor está no papel?
Então ele tem um coração?

É..., talvez seja um poema
De tema tímido e brilhante,
Que veio resolver um dilema
De algum problema gigante.




















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