Poesia

Soneto dos Porvires

O verso é sábio a que a razão evita.
Beldade, o verso lhe presta visita,
para que, sã, creia aquela, por fim,
viver a procura de coisa afim.

Mundano, anseio-me corpo do tema,
Fugir do corpóreo, casa de outrora,
e nascer no intáctil, onde a alma aflora.
Do doer de razão ao ser poema.

Enquanto, sutil, caminho entre prosas
e sobre o amor as escuto, ardilosas,
as letras vêm e a mim não deixam só.

Ali, com elas, danço poesia.
E, poeta ao fim da melodia,
à vida serei tudo, e do homem, pó.

Rodrigo N H de Souza Rodrigo N H de Souza Autor
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