Poesia

RATOEIRA

RATOEIRA

Guabiru de rabo comprido,
Rato que vive no interior
Não batalha escalando paredes,
Adentra nos galpões de zinco,
Nas portas abertas, sem autorização.
Destemido, zomba das armadilhas,
Iscas de queijo espalhadas no chão.
Farta-se do milho no sabugo,
Arroz com casca e feijão.

Os ratos urbanos que ocupam
Com mandatos de cabresto
Algumas prefeituras do interior
Nem sequer lembram os parentes.
Preguiçosos arrimos do Estado,
Analfabetos, sim, na fiscalização,
Graduados na punição fictícia
Onde dinheiro publico é milho,
Arroz sem casca, malversação.
O feijão branco ou mulatinho,
A própria e impune corrupção.

João Freitas Filho João Freitas Filho Autor
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