Sangue de Heróis 
                   I
Sobre teus verdes campos, entrecortados pelos rios surubim e Longá.
Eis que aflora o Jenipapo, senhor da Independência no qual,
O grito do Ipiranga, as margens do riacho, o Brasil se fez libertar.
                   II
O grito foi retumbante e se fez ouvir no Brasil e além mar. 
Mas foi em uma vila humilde, Vila Santo Antônio do Surubim. 
Que se fez Rebrilhar!
                     III
E na luta renhida que se arrastava, 
E que tinha o sol como testemunha
No anfiteatro dois gigantes abalavam-se 
                     IV
Era o porvir e o passado,
A luz e a escuridão,
O pugilato da foice e o fuzil, 
A mentira e a razão!
                     V
Mas nos verdes Campos Maiores!
O Brasil de fato se declarou 
E no brado, proclamou, Levanta-te Ipiranga,
Pois teu irmão te libertou!
                    VI
Sou eu "Jenipapo," que ao Brasil, se fez ouvir.
Nas lutas da Independência, que se fez mais forte foi o Piauí.
POEMA Marcelo Ferreira de Arêa Leão
Sentido figurado.
O poema Sangue de Heróis fala da batalha do Jenipapo, entre brasileiros e as forças lusas, as margens do Rio Jenipapo, em 1823. Esses homens lançaram-se para a morte, sobre eles rugiam onze bocas de canhões enfurecidos, mas a gloria maior para o sertanejo era ver a pátria livre, sentir o gosto da liberdade em seus corações, não importava para estes quantas vidas fosse ceifadas... O grito do Ipiranga foi só o começo... Quem libertou o Brasil de fato foi outro Rio o’’ Jenipapo’’ que a meu ver, turvou suas águas límpidas com o sangue dos Heróis... Piauí Sangue e Lagrimas, fizeram a liberdade do Brasil.