Poesia

Nojo de ser humano.



Meu Deus,
quão sujo é o homem,
de ódio se consomem,
os filhos de uma terra doente.
Só se mostram inocentes,
quando não existe razão,
depois disso, fecham o coração.

Meu Deus,
quanta luxúria insaciável,
do sexo memorável,
acumulado na lembrança.
O desejo não se cansa,
antes multiplica,
na abstinência, ele suplica.

Meu Deus,
quanta traição perversa,
de trocas que depressa,
substituem o menos atraente.
Quando andamos contentes,
logo então percebemos,
que outro chegou, perdemos!

Meu Deus,
quanta ambição desmedida,
que torna essa vida,
uma cruel competição.
Essa injusta condição,
faz o homem maldoso,
amante de si, amante do gozo.

Meu Deus,
tenho nojo de ser humano,
vestido com essa pele podre,
recheada de entranhas,
cada parte do meu corpo,
contém milhões de vergonhas.

Werton Fonseca Werton Fonseca Autor
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