Poesia

Canção dos Piagas

Canção dos Piagas

Eu trago a oferenda: pão, mel, leite a derramar
A mãe terra sagrada, faz chover, fertilizar
Plantamos nesse solo: fé, magia, paz e amor
E espíritos antigos amenizam nossa dor

Eu ponho a oferenda na folha de carnaúba
A palmeira sagrada, salva na falta de chuva
No meio das pedreiras uma tribo faz magia
Espalha pelas matas contagiante energia

Piagas, bruxedos, gravuras e sons
Ancestrais da terra, despertem meus dons
A grande cultura renasce outra vez
Herança sagrada, no solo se fez

Tatus, homens que voam e visões misteriosas
Consagradas pinturas das paredes cavernosas
Nas noites, com fogueiras, honramos a lua cheia
E ao raiar do dia, o Deus sol vem pra Aldeia

Passado glorioso que tentaram apagar
mas o povo guerreiro lutou pra recuperar
O sangue derramado, na batalha, nesse chão
É a semente plantada que brota no coração

Piagas, bruxedos, gravuras e sons
Ancestrais da terra, despertem meus dons
A grande cultura renasce outra vez
Herança sagrada, no solo se fez

Novamente aqui, pra tribo honrar
Dançamos, Cantamos, não vamos parar
Boi da cara preta, pra longe daqui!
Nós somos amigos do povo tupi

Rafael Nolêto Rafael Nolêto Autor
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