Poesia

Quê de calon

O senhor ao passar por aquela casa tão cheia de gente,
Música, vozes estranhas,
Miseras carroças a sombra de uma árvore, sente medo!
_São ciganos!
Mas o que aquele homem de vida tão pequena não sabe, e que ali há tamanha
Alegria,cumplicidade,
Respeito,aprendizagem,
Encanto!
Pessoas que vinheram nesse mundo pra viver...
Pra sentir de fato a vida com toda sua magnitude.
Não tem medo da liberdade,
Só da solidão.
Amam com paixão.
Sofrem com paixão.
Adoram o reluzente do ouro,
Mas não se prendem ao material.
Lêem o destino na palma da mão,
Mas sabem que os olhos dizem muito mais
Ensinam aos menores o respeito pelo mais velhos,pela natureza...
Preservam o seu dialeto,
_Ariqueda naka chibi pos gadjhon moh rom!
Pintam a vida de todas as cores,
Todas que quiserem...
Conhecem no canto de um passarinho o que querem dizer,
_Calon ou pastraim? Calon!
Crêem veemente que '' o que tem que ser,destino traçado é’’
Cantam e dançam pra afastar maus espíritos.
Cultuam a liberdade,
Pois sabem que e seu bem maior contra as tristezas da vida,
_Oh moh Duvelo skinday! Cela o burro,que amanhã nos parti,e a estrada e longa.

Marilia A da Rocha Marilia A da Rocha Autor
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