Porque assim?
se tudo é breve.
O abraço vai embora...
A lágrima não fica...
O tempo é incerto...
E a vida morre!
O depois torna-se tão súbito.
O ar consome incompletude,
e o adeus é insepulto?
A cicatriz é o episódio
da finitude.
O que é o último?
um instante partindo.
Os minutos são intransitivos,
em si nada se opõe.
Existir é o futuro
de uma essência inacabada.
O seu sol encarcerado,
no breve das palavras.
O tempo não acaba
com uma pausa...
Texto: Jean Michel Alves Damasceno
