Poesia

MENINOS DO BARROCÃO


Aos sábados, o pedido de minha mãe
para enfiar a linha pelo fino buraco da agulha.
Após, o eterno rangido da máquina Singer.

Aos domingos, no quintal de casa,
cada menino aguardava a vez
de ganhar seu rolete de cana cortado pelo pai.

Fim de tarde, sonhos alimentados
no alto das goiabeiras.

Em fins de semana de sol,
todos a postos na Rural bicolor
rumo às piscinas do Piauhy Sport Club.

Junhos de papagaios e ventos.
Memórias impressas em nuvens.

Marcos Freitas Marcos Freitas Autor
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