Poesia

A Sobrevivente

A sobrevivente

Meus olhos
não cansam de
contemplar.

Falo, falo e falo ...

Aqui o bode é rei.

O jumento é corcel.

O céu transfigura-se
do cinza cor de morte
ao azul anil.

O ar é vida e a noite é sono.

Ainda existe mata virgem.

A silhueta do horizonte é cintura de mulher.

Vejo a esperança voando nas asas da asa branca.

O juazeiro é hotel cinco estrelas sem contas a pagar.

Vi a seca vencer o homem, vi o homem sem forças para lutar.

A mata branca subsiste e tem história para contar.


















Junior Mariano Junior Mariano Autor
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