Poesia

Amo teu inverno interno

Conserta-te o mundo,
Nas falhas do meu arcabouço
Segure-me nos segundos dos esboços treslouco.

Prometo falhar com as expectativas,
E me desmotivar das alegrias.
Mas, prometo nunca se esquecer do desencanto dos teus lábios.

Amar a carne do teu corpo em espectro marital,
Não é um cerne, nem proposito.
Só queria conhecer os âmagos irreconhecíveis por ninguém além de mim.

Mostro-me em tons nudes,
Transparente, e sem adoçante.
Apenas, um manequim no seu levante.

Me martirizo pela sua dor,
Que agora é o meu agressor.
Tomo-a e deslizo para dentro.

Aqueço os seus problemas,
No meu peito terno,
Medico as suas dores do seu inverno interno.

Pois, prefiro o frio árido,
E as flores secas,
E o verão congelando.

Que a liberdade está chegando,
A lagarta deixando o casulo,
E a borboleta a vida.

Henrique de Melo Henrique de Melo Autor
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