Poesia

Laboro

Laboro

Hoje cedo quando chegou a vontade de visitar a felicidade não me contive nem bem saí na porta, tava em mim àqueles pensamentos, passarinheiro sonhador que balança, leva e traz para no meio da infância e trilha pela vereda do passado, polido, bem claro como o sol vazado das folhas dos tucunzeiros que tinha o som mais temeroso da rua do trânsito em todas às vezes que se ouvia o rangido, meus irmãos mais velhos nominavam e cada uma era de arrepiar até que voltávamos para o que fazer ele era ignorado por nós mesmo porque a obrigação era mais importante minha mãe esperando com a roupa lavada já separada para cada um conforme o top 'tamanho' um cambo de mandi pescado enquanto quarava a roupa e outro cambo de rolinhas que meu irmão menor dos homens e também o tocador e cantador repentista não dava um pio para não espantar o almoço ou a janta do dia seguinte porque naquele dia, já tava arranjado que seria peixe com leite de coco essa era tarefa minha por ser a maiorzinha e menina daí a regalia do trabalho maneiro.
Bons tempos.

Lina Ramos.

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