Poesia

Brincar

Brincar

O poeta que há em mim
não existe
o que há é tão somente
a ausência do que nunca fui
um deseja de ser, um impulso.
a tinta e os sonetos sobre minha mesa
são ilusões, vontades inconfessáveis.
a tinta nunca usada, a folha jamais maculada.
drummond me empresta teus óculos,
pra eu brincar de ser poeta?

Filipe Pereira Filipe Pereira Autor
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