Poesia

Sigilo

A informação se propaga
Pelo ar,como a luz
Vai de partícula em partícula
Andando de boca em boca
Penetrando nos ouvidos
Reconstruindo a história
Aguçando os sentidos
Até se tornar real
Como se fosse matéria
A voz da própria verdade
A retransmissão do fato

Não há masmorra que oculte
A barbárie da tortura
Nem morte que silencie
O solitário heroísmo
Nem sigilo que censure
Os atos de covardia
Como geração espontânea
o vento conta pra onda
a onda vibra no tempo
o oceano se agita
e a informação se alastra

Sempre dobrará um sino
no local do cadáver oculto
e o cadáver é próprio vulto
que denuncia o assassino

Pedro L R Pereira Pedro L R Pereira Autor
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